Um Pequeno Grande Amor
Sinopse:
O amor por um filho não é fácil de descrever. Sente-se todos os dias. Mesmo quando a vida na prega partidas, quando os casamentos se desfazem, quando estamos cansados e nada parece fazer sentido, há sempre um pequeno grande amor que fala mais alto. Neste segundo romance, Fátima Lopes onde conta a história de Gonçalo e Estela, duas crianças que têm em comum serem filhas de pais divorciados. Nada apontava para o fim daquele casamento. Margarida, com um bebé de meses nos braços, apaixona-se e decide separar-se. Com o divórcio, vêm as ameaças e as chantagens. É neste ambiente que cresce Gonçalo, protegido pelo amor de uma mãe disposta a tudo para garantir a felicidade do filho. Estela não está nas prioridades da mãe, ocupada entre o trabalho e as amigas. Foi o pai que lhe mudou as fraldas e a embalou nas noites agitadas. Com o divórcio, este pai não desiste de acompanhar a filha em todos os grandes passos da sua vida. Num discurso sensível e intimista, Fátima Lopes transporta-nos para o universo dos mais pequenos. Como os seus olhos vêem os dramas dos adultos, como sentem as disputas e os insultos sem sentido, como sofrem sem perceberem a razão. Os nossos filhos serão sempre pequenos para receber o grande amor que temos para lhes dar.
A Minha Opinião
Este livro foi o primeiro que li da Fátima Lopes e gostei. Fez-me reflectir…
Margarida e Sérgio. Um casal como entre muitos. Quando não há felicidade e amor entre marido e mulher, o casamento deve manter-se até ao fim dos seus dias? Quando uma mulher é tratada com indiferença e frieza pelo marido, deve continuar casada segundo as tradições? Margarida e Sérgio pensaram que um filho iria dar um milagre à relação ou que iria fazer com que o marido mudasse o comportamento para melhor, e fizeram-no. Mas não resultou, depois de o filho ter nascido, um fosso entre os dois permaneceu. E agora, devem continuar a estar casados por causa do filho? Se os dois não estavam bem um com o outro, como é que podiam dar felicidade à criança? Só havia uma solução: o divórcio. Foi esta a decisão da Margarida, foi o facto de se ter apaixonado por outro homem que ganhou coragem para este fim... O grande problema é que tanto o pai como a mãe ama incondicionalmente o filho e como é que podiam “dividi-lo” ao meio para cada um? Como irão o pai e a mãe fazer com isto? Como irá o pai falar ao filho acerca da mãe deste, e vice-versa? E o que irá acontecer à criança (Gonçalo) no meio disto tudo?
Não conto mais. O que vai acontecer depois, é a força da história. Margarida é uma mãe exemplar! A Estela só aparece na adolescência do Gonçalo e os dois se tornam grandes amigos por uma coisa em comum: serem filhos de pais divorciados... E neste caso, é o pai de Estela que é exemplar!
Fiquei muito impressionada! Para dizer a verdade, infelizmente, reconheci algumas destas situações. Tenho amigos que são pais divorciados e tive uma amiga de infância cujos pais eram divorciados. No entanto, posso dizer que há divórcios pacíficos e bem sucedidos e estas crianças são felizes.
Recomendo este livro a todos os pais.