domingo, 27 de julho de 2008

Nome de Código: Leoparda



Sinopse:

Cinquenta mulheres foram enviadas para França como agentes secretas pelo Executivo de Operações Especiais durante a 2ªGuerra Mundial.
Trinta e seis sobreviveram à guerra.
As outras catorze deram as suas vidas.
Este livro é dedicado a todas



O Dia D aproxima-se. Os serviços britânicos têm de destruir o sistema de comunicações em St. Cecile para os nazis não terem tempo de reagir. Felicity dispõe apenas de algumas horas para recrutar uma equipa de mulheres dispostas a destruir o ninho dos nazis em solo francês. A operação é arriscada, o sucesso imperativo. Uma cigana, duas lésbicas, um travesti, uma aristocrata. O perfil das escolhidas pode parecer insólito mas cada uma delas terá um papel fulcral na operação.

Baseado em factos reais, «Nome de código: Leoparda» regressa às secretas operações de espionagem durante a Segunda Guerra Mundial. Retirando do anonimato a meia centena de mulheres que o serviço do Executivo de Operações Especiais enviou para a França ocupada, o autor inglês constrói um fabuloso thriller de suspense e acção em torno de uma equipa de mulheres espias.




A minha opinião:

Adorei! O primeiro livro do Ken Follett que li.

Comprei este livro, através do Círculo de Leitores, há uns anos quando o Ken Follett ainda não era conhecido entre os povos portugueses, ou seja, ainda “Os pilares da Terra” não eram editados nas livrarias portuguesas....
Não foi o título que me cativou nem tão pouco o tema sobre a Segunda Guerra Mundial, mas sim foi a sinopse do livro, a história em si. Já tinha visto séries e filmes sobre este tema; já conhecia a história da guerra, a espionagem, os agentes secretos, os campos de concentração, mas nada sobre este tipo de história: uma equipa secreta de mulheres sendo lideradas por uma outra mulher!

O título original do livro “Jackdaws” significa “Gralhas”. Mas a tradução portuguesa deu-lhe outro título: “Nome de código: Leoparda”. Claro que este título, logo à partida, parece não ter nenhum significado, ou seja, não faz chamar muita atenção por parte dos leitores pois, é um pouco ou nada apelativo, para além de ser totalmente desconhecido e até ser um pouco “pesado”. Só lendo é que se sabe e só depois é que se tem uma grande consideração e admiração pelo título!

“Leoparda” é um nome de código de uma mulher, isto não é segredo, sabe-se logo desde as primeiras páginas. Todos os agentes secretos tinham nomes de código, não se podiam dizer os seus nomes verdadeiros, para o caso de serem capturados e interrogados pela Gestapo…

A heroína do livro é a “Leoparda”. Uma major britânica de uma organização secreta, “Executivo de Operações Especiais”: «Magra e pequena, com cabelo louro encaracolado cortado curto e uns encantadores olhos verdes, (…), havendo nela algo de sensual…»
É ela que vai liderar a equipa “Gralhas”: Diana, Greta, Ruby, Jelly e Maude. Têm uma missão muito perigosa e, ainda por cima, as cinco mulheres não vão definitivamente preparadas…

O livro não fala só de espionagem, mas também dos sentimentos de várias personagens, tanto os aliados como os alemães.


Outras curiosidades:

Através de pesquisas, soube que foram escritos vários livros sobre as verdadeiras heroínas da SOE (The Special Operation Executive):



Infelizmente, estes livros não se encontram traduzidos em Portugal.


E, ainda mais, foi feito há pouco tempo um filme intitulado de "Female Agents", não é adaptado deste livro mas é sobre esta temática, sobre as mulheres de SOE:

O site do filme: aqui

Que este filme chegue depressa a Portugal!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

WISHLIST: livros do Ken Follett

Como estou a gostar muito do livro de que estou a ler de momento: "Nome de Código:Leoparda", aqui deixo uma lista de livros (já traduzidos e editados nas livrarias portuguesas) deste admirável autor, para posteriores compras, por ordem de preferência:



e... talvez, talvez (muito mais tarde, é que decido...!)


sábado, 19 de julho de 2008

Terapia de Choque



Sinopse:
Josy, a filha de doze anos do famoso psiquiatra Viktor Larenz, desaparece em circunstâncias que permanecem um mistério e o seu destino é uma incógnita… Victor vê o seu mundo a desabar e refugia-se na casa de férias, na remota ilha de Parkum, no mar do Norte.
Quatro anos mais tarde, Anna, uma bela desconhecida, autora de livros para crianças, procura-o em auxílio. É uma mulher atormentada por alucinações e pesadelos, nos quais surge continuamente uma menina que desapareceu sem deixar rasto, tal como Josy…
Viktor começa a fazer terapia a Anna, que se vai transformando em dramáticas sessões de perguntas e respostas, onde a sua nova paciente vai revelando pormenores do desaparecimento de Josy que supostamente não devia saber…
Desenvolvimentos surpreendentes, de capítulo em capítulo, fazem de A Terapia de Choque um thriller psicológico intenso, de cortar a respiração e impossível de largar até que se conheça o desenlace final.


«A Terapia de Choque é um estonteante, surpreendente e notável thriller, onde até as páginas tremem de tanta tensão.»
Bild am Sonntag

«Sem dúvida, o mais envolvente e tortuoso thriller dos últimos tempos.»
Die Bunt

«Uma verdadeira montanha-russa de emoções e sobressaltos, de primeira qualidade.»
RTL


A Minha Opinião:
É realmente um thriller de cortar a respiração! Quase ia ficando "maluca" porque nada parecia fazer sentido... Cada vez que acabava um capítulo e passava para outro, ficava mais baralhada ou confusa, e depois não conseguia parar de ler, foi uma corrida de leitura desenfreada, sufocante até, só para chegar à tal revelação!! O final foi muito surpreendente!


Outras opiniões:
http://prazer-de-ler.blogspot.com/2007/10/sinopse-josy-filha-de-doze-anos-do_31.html


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um Pequeno Grande Amor




Sinopse:

O amor por um filho não é fácil de descrever. Sente-se todos os dias. Mesmo quando a vida na prega partidas, quando os casamentos se desfazem, quando estamos cansados e nada parece fazer sentido, há sempre um pequeno grande amor que fala mais alto. Neste segundo romance, Fátima Lopes onde conta a história de Gonçalo e Estela, duas crianças que têm em comum serem filhas de pais divorciados. Nada apontava para o fim daquele casamento. Margarida, com um bebé de meses nos braços, apaixona-se e decide separar-se. Com o divórcio, vêm as ameaças e as chantagens. É neste ambiente que cresce Gonçalo, protegido pelo amor de uma mãe disposta a tudo para garantir a felicidade do filho. Estela não está nas prioridades da mãe, ocupada entre o trabalho e as amigas. Foi o pai que lhe mudou as fraldas e a embalou nas noites agitadas. Com o divórcio, este pai não desiste de acompanhar a filha em todos os grandes passos da sua vida. Num discurso sensível e intimista, Fátima Lopes transporta-nos para o universo dos mais pequenos. Como os seus olhos vêem os dramas dos adultos, como sentem as disputas e os insultos sem sentido, como sofrem sem perceberem a razão. Os nossos filhos serão sempre pequenos para receber o grande amor que temos para lhes dar.


A Minha Opinião


Este livro foi o primeiro que li da Fátima Lopes e gostei. Fez-me reflectir…

Margarida e Sérgio. Um casal como entre muitos. Quando não há felicidade e amor entre marido e mulher, o casamento deve manter-se até ao fim dos seus dias? Quando uma mulher é tratada com indiferença e frieza pelo marido, deve continuar casada segundo as tradições? Margarida e Sérgio pensaram que um filho iria dar um milagre à relação ou que iria fazer com que o marido mudasse o comportamento para melhor, e fizeram-no. Mas não resultou, depois de o filho ter nascido, um fosso entre os dois permaneceu. E agora, devem continuar a estar casados por causa do filho? Se os dois não estavam bem um com o outro, como é que podiam dar felicidade à criança? Só havia uma solução: o divórcio. Foi esta a decisão da Margarida, foi o facto de se ter apaixonado por outro homem que ganhou coragem para este fim... O grande problema é que tanto o pai como a mãe ama incondicionalmente o filho e como é que podiam “dividi-lo” ao meio para cada um? Como irão o pai e a mãe fazer com isto? Como irá o pai falar ao filho acerca da mãe deste, e vice-versa? E o que irá acontecer à criança (Gonçalo) no meio disto tudo?
Não conto mais. O que vai acontecer depois, é a força da história. Margarida é uma mãe exemplar! A Estela só aparece na adolescência do Gonçalo e os dois se tornam grandes amigos por uma coisa em comum: serem filhos de pais divorciados... E neste caso, é o pai de Estela que é exemplar!

Fiquei muito impressionada! Para dizer a verdade, infelizmente, reconheci algumas destas situações. Tenho amigos que são pais divorciados e tive uma amiga de infância cujos pais eram divorciados. No entanto, posso dizer que há divórcios pacíficos e bem sucedidos e estas crianças são felizes.

Recomendo este livro a todos os pais.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Uma Amiga como Shiva




Sinopse:

Este é um livro sobre um menino que voltou a gostar da vida através dos olhos de uma cadela.

Daniel ficou doente com apenas seis anos. Um terrível cancro tomou conta do seu corpo e do seu dia-a-dia. De um momento para o outro a sua vida mudou. Teve de abandonar a escola e fazer os penosos tratamentos que lhe salvariam a vida. Aí deram-lhe um «capacete» com o seu nome, igual ao de tantos outros meninos. Fez novos amigos com a mesma rapidez com que os perdeu. Nada parecia estar feito para durar...
Quando Shiva entrou no seu mundo, o mesmo ganhou cor. Tornou- se azul, como o tom profundo do olhar da sua cadela. Na sua nova companheira Daniel encontrou uma amiga fiel que não o abandonaria nunca!
Este é um livro sobre um menino que voltou a gostar da vida através dos olhos de uma cadela.
Mas também é um livro sobre uma cadela demasiado grande, teimosa e humana que encontrou o menino da sua vida.
Baseado numa história verídica.


A Minha Opinião:
Uma leitura deveras emocionante, demasiado forte! Não pude ler o livro em plena rua porque, ao ler cada página, os meus olhos humedeciam-se de lágrimas... Doeu-me muito ler o horror disto tudo: as crianças com cancro, a quimioterapia, a morte... Mas entrou Shiva e ela fez MUITO mais! Deu cor à história e a tudo. Com esta cadela, senti emoções tão palpáveis! Não vou contar o que ela fez... Muitas coisas que eu não sabia e aprendi muito, de facto! É baseado numa história verídica.

Aplausos para a Marta Curto que ganhou a minha admiração. Gostei muito da escrita dela! Simples mas profunda. Frases curtas mas fortemente sentidas. Descrições excelentes que são capazes de nos tocar na alma.

Gostei imenso do livro! A Shiva, a sempre Shiva!


domingo, 6 de julho de 2008

Água aos Elefantes



Sinopse:

«Senhoras e senhores, meninos e meninas, o espectáculo vai começar!»

Apesar de não falar delas, as recordações ainda habitam a mente do velho Jacob Jankowski. Recordações dele próprio quando jovem, lançado pelo destino para um comboio vacilante que hospedava o Benzini Brothers, o Maior Espectáculo da Terra.

Estava-se nos primeiros anos da Grande Depressão e para Jacob, agora com noventa anos, o mundo do circo relembra-lhe simultaneamente a sua salvação, mas também um inferno real. Na altura, ele era um veterinário recém-licenciado, que foi encarregado de tratar de Rosie, a coqueluche do circo, um aparentemente indomável elefante-fêmea que era a grande esperança deste circo de terceira categoria. Foi aí que Jacob conheceu Marlena, a bela estrela do número equestre, casada com August, o carismático, mas malvado, treinador de animais. O laço nascido no seio deste trio improvável era um laço de amor e de confiança e, em última instância, a sua única esperança de sobrevivência.

Surpreendente, tocante e divertido, Água aos Elefantes é um daqueles raros romances com uma história tão cativante que o leitor fica relutante em pousá-lo; com personagens de tal forma aliciantes que continuam a viver muito depois da última página ter sido virada; com um mundo construído com prodígio, um mundo tão real que o leitor começa a respirar o seu ar.



«Escrita eficaz e de muito bom gosto. Terno e nostálgico, Água aos Elefantes é uma história comovente, divertida e muito bem contada.»
Rui Lagartinho


«Uma obra surpreendente… a autora guarda uma magnífica revelação para as últimas páginas, transformando um romance simples num encantador conto de fadas.»
The New York Times Book Review


«Tão intenso, tão pormenorizado e tão vivo, que o leitor não consegue separar-se do livro nem por um minuto sequer.»
Chicago Tribun

A Minha Opinião:

Gostei muito. Uma história diferente do que já tinha lido, uma história bastante interessante que se passa num circo nos anos 30-40... O mais emocionante da história é a elefante-fêmea Rosie que me tocou imenso, afeiçoei-me completamente a ela. Tive algumas gargalhadas com as aventuras do Jacob, com os animais, com o anão kinko/walter; comovi-me com algumas amizades que se desenvolveram ao longo da história, e também libertei lágrimas pelas terríveis maldades que têm acontecido no decorrer da história...
O livro é ficcional mas alguns acontecimentos são baseados em factos verídicos. A deslocação do circo, de terra em terra, no comboio e os elefantes. Trabalhadores, artistas, chefes e os animais. Tudo pormenorizado, até inclui as fotografias a preto e branco que foram retiradas de um Museu Circense para nos dar uma ideia nítida de como era o interior de um comboio circense, como montavam as tendas, como eram as aberrações, etc...
O livro tem 400 páginas mas devorei-o em cinco dias (normalmente, com este nº de páginas, demoro duas semanas). A leitura é bastante leve, que se lê muito bem sem fazer nenhum esforço e, além disto, é uma boa história.
Agora, fiquei com uma vontade enorme de ir ao circo, ver o espectáculo com elefantes e de lhes dar uma festinha! :)