Nome de Código: Leoparda
Trinta e seis sobreviveram à guerra.
As outras catorze deram as suas vidas.
Este livro é dedicado a todas
O Dia D aproxima-se. Os serviços britânicos têm de destruir o sistema de comunicações em St. Cecile para os nazis não terem tempo de reagir. Felicity dispõe apenas de algumas horas para recrutar uma equipa de mulheres dispostas a destruir o ninho dos nazis em solo francês. A operação é arriscada, o sucesso imperativo. Uma cigana, duas lésbicas, um travesti, uma aristocrata. O perfil das escolhidas pode parecer insólito mas cada uma delas terá um papel fulcral na operação.
Baseado em factos reais, «Nome de código: Leoparda» regressa às secretas operações de espionagem durante a Segunda Guerra Mundial. Retirando do anonimato a meia centena de mulheres que o serviço do Executivo de Operações Especiais enviou para a França ocupada, o autor inglês constrói um fabuloso thriller de suspense e acção em torno de uma equipa de mulheres espias.
A minha opinião:
Adorei! O primeiro livro do Ken Follett que li.
Comprei este livro, através do Círculo de Leitores, há uns anos quando o Ken Follett ainda não era conhecido entre os povos portugueses, ou seja, ainda “Os pilares da Terra” não eram editados nas livrarias portuguesas....
Não foi o título que me cativou nem tão pouco o tema sobre a Segunda Guerra Mundial, mas sim foi a sinopse do livro, a história em si. Já tinha visto séries e filmes sobre este tema; já conhecia a história da guerra, a espionagem, os agentes secretos, os campos de concentração, mas nada sobre este tipo de história: uma equipa secreta de mulheres sendo lideradas por uma outra mulher!
O título original do livro “Jackdaws” significa “Gralhas”. Mas a tradução portuguesa deu-lhe outro título: “Nome de código: Leoparda”. Claro que este título, logo à partida, parece não ter nenhum significado, ou seja, não faz chamar muita atenção por parte dos leitores pois, é um pouco ou nada apelativo, para além de ser totalmente desconhecido e até ser um pouco “pesado”. Só lendo é que se sabe e só depois é que se tem uma grande consideração e admiração pelo título!
“Leoparda” é um nome de código de uma mulher, isto não é segredo, sabe-se logo desde as primeiras páginas. Todos os agentes secretos tinham nomes de código, não se podiam dizer os seus nomes verdadeiros, para o caso de serem capturados e interrogados pela Gestapo…
A heroína do livro é a “Leoparda”. Uma major britânica de uma organização secreta, “Executivo de Operações Especiais”: «Magra e pequena, com cabelo louro encaracolado cortado curto e uns encantadores olhos verdes, (…), havendo nela algo de sensual…»
É ela que vai liderar a equipa “Gralhas”: Diana, Greta, Ruby, Jelly e Maude. Têm uma missão muito perigosa e, ainda por cima, as cinco mulheres não vão definitivamente preparadas…
O livro não fala só de espionagem, mas também dos sentimentos de várias personagens, tanto os aliados como os alemães.
Outras curiosidades:
Através de pesquisas, soube que foram escritos vários livros sobre as verdadeiras heroínas da SOE (The Special Operation Executive):
Infelizmente, estes livros não se encontram traduzidos em Portugal.
E, ainda mais, foi feito há pouco tempo um filme intitulado de "Female Agents", não é adaptado deste livro mas é sobre esta temática, sobre as mulheres de SOE:
Que este filme chegue depressa a Portugal!!!