quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Doçura da Chuva



Sinopse:

Kara Whittenbrook tinha uma vida privilegiada. Filha de dois ambientalistas famosos, cresceu entre a selva amazónica e os melhores colégios da elite americana.

Com a morte dos pais num acidente de aviação, torna-se herdeira, não só de uma enorme fortuna, mas também de um segredo que abalará por completo o seu mundo - o facto de ter sido adoptada.

Decidida a encontrar os seus pais biológicos, Kara parte para o Nordeste da Califórnia (Florida), onde conhecerá Ben Thocco, um rancheiro que vive rodeado de gente singular.

Em pouco tempo, ela fará parte de um universo diferente, que lhe abrirá as portas de um amor inesperado e de amizades genuínas, e a ajudará a tomar as mais difíceis decisões...

Em A Doçura da Chuva, Deborah Smith dá-nos a conhecer uma galeria de personagens cativantes, que nos envolvem e nos levam a reconhecer nos pequenos gestos do quotidiano as fontes da alegria e da felicidade.

“Uma história belíssima que se lê a bom ritmo. As personagens são encantadoras; dá vontade de as abraçar.” Romance Reviews Today

Deliciosamente emocionante.” All About Romance

“Uma viagem de autodescoberta que nos mostra o amor sob diferentes perspectivas. É um livro profundamente mágico.” Romantic Times


A Minha Opinião:

Amei esta história, estas personagens ultra-especiais Mac, Lily, Joey e outros, o cabelo ruivo e as proezas fantásticas de Kara, o rancho do Ben Thocco, a grande égua Estrela, a arara azul domesticada de Kara… Foi uma leitura deliciosa, comovente, tocante e sobretudo vitoriosa!

Devorei o livro sem dar por isto, deixei-me levar pela fluidez perfumada e doçura da escrita, até que me senti embaraçada a ler na rua pois a emoção era tanta que não conseguia reter as lágrimas ou evitar-me de sorrir orelha a orelha de tão feliz…!

A história gira em torno de Kara. Tudo começa com a morte dos pais desta e depois a descoberta de ter sido adoptada pelos mesmos e também o facto de os seus pais biológicos serem deficientes mentais. Como reagiu Kara? O que vai ela fazer? O que lhe irá acontecer quando encontrar os seus pais biológicos?

Kara vai parar ao rancho do Ben Thocco, deste homem de sangue índio seminole que tem um irmão com Síndroma de Down, pois é ali que trabalham os seus pais biológicos. A partir daí, haverá magia, ternura, amizade, amor… e muitas surpresas!

Também devo falar da Estrela: era uma égua muito especial, diferente de todos, os da sua especie equina! Foi maltratada e tinha uma cicatriz no focinho causada pela violência... Ia ser virada para comida de cão pois foi posta à venda no leilão para esse fim. Felizmente, foi salva por estes seres especiais, de almas tão puras e de grande coração! A forma como ela foi salva pelos deficientes, fez-me emocionar deveras! E o que a Estrela fez depois?

Para finalizar, encontrei no decorrer da leitura frases sábias, simples mas carregadas de verdade. Devia ter sublinhado, pois agora não as encontro.

Classificação: 5/5 (Amei deliciosamente!)


Outras Opiniões:

Aqui #1 (do blog "Estante de livros")
Aqui #2 (do blog "planetamarcia")
Aqui #3 (do blog "as leituras da Fernanda")

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um Grito na Noite


Título: Um Grito na Noite
Autor(es): Higgins Clark, Mary
Pág.: 340
Editora: Livros do Brasil
Colecção: Vida e Aventura
Número: 64
Ano: 1982




A Minha Opinião:

Confesso que cheguei a um ponto de ter ficado irritada com a personagem principal devido às suas fraquezas e medo… Estive para desistir o livro até que ela se revolveu reagir e, a partir daí, não tenho parado de ler, numa ânsia desenfreada de saber o desfecho!

O facto de ter ficado irritada com a Jenny, foi pelo facto de ter lido a sinopse do livro (tem uma frase bem sublinhada que revela o conteúdo de toda a história) e assim ter ficado a saber... Se não tivesse lido, teria levado mais tempo a perceber e teria ficado mais rendida ao desenrolar da história… o suspense seria mais apetecível e a Jenny mais suportável e compreendida!

Felizmente, a sinopse não estragou tudo, só no único senão que foi de saber quem era o mau ou a má da fita. Apesar da revelação, houve pequenas surpresas. E não faltou doses de terror que a MHC tão bem sabe descrever!

Assim, peço que, quem tiver este livro ou se pedir a alguém emprestado, não leiam a sinopse!

Este não é definitivamente um dos melhores da MHC nem é um dos piores. Mas gostei, é uma história bem contada e surpreendente, com suspense garantido de alto nível.

Classificação: 3/5 (teria dado um 4 se não fosse a sinopse)


Sinopse (criada por mim):

Deixem-vos entrar neste mistério sem expectativas. Conheçam simplesmente a Jenny MacPortland, uma linda mulher de olhos verdes e cabelos negros, divorciada e mãe de duas filhas pequenitas. Ela trabalha numa galeria de Artes. E conheçam o Erich Krueger, um homem loiro e de olhos azuis, que é um famoso Artista, pintor de quadros encantadores, cheios de sensibilidade e ternura. Acompanhem estas personagens até à Mansão... lá irão acontecer coisas inimagináveis, sobretudo para a Jenny, o que ela irá sofrer... haverá momentos de terror e suspense... Será sobrenatural? Paranóia psicologica? Sonambulismo? Ou outra coisa? A revelação final é... chocante!

domingo, 6 de setembro de 2009

O Vigilante



Título: O Vigilante
Autor(es):Waters, Sarah

Pág.: 448
Número: 34
ISBN: 972-53-0316-4
Ano: 2006



FINALISTA DO BOOKER PRIZE 2006

Depois de três romances onde retratava com mestria a Londres victoriana, Sarah Waters decide avançar no tempo e mergulhar a fundo na década de 40, com os seus bombardeamentos aéreos, ruas em black-out, perigos sempre à espreita e amores muito pouco lícitos.
Terno e trágico, construído de forma original e arrebatadora, O Vigilante é, acima de tudo, uma obra sobre as relações humanas, em toda a sua complexidade e riqueza, e com um lado inesperado quanto baste.
Mais uma obra brilhante e envolvente desta escritora que tão bem nos sabe conquistar.


«Uma escritora brilhante…os seus leitores acreditarão em tudo o que lhes diga» - A.N. Wilson


A Minha Opinião:

Surpreendeu-me muito pela positiva! O desenrolar da história em si, os personagens, a riqueza dos sentimentos. Uma escrita envolvente, nítida, palpável…

A história passa-se na década 40 (durante e depois da 2ª Guerra Mundial) em Londres. Sabe-se que esta cidade foi bombardeada pelos alemães. As casas assim como os monumentos históricos foram destruídos e morreram muitos inocentes.


Mas os sentimentos estão em primeiro plano, sendo a 2ªGuerra Mundial como pano de fundo.

Centra-se na vida de quatro pessoas londrinas: Kay, Helen, Vivien e Duncan. Fala de relações humanas, dos sentimentos e das mentalidades daquela altura. Aborda temas como homossexualidade, infidelidade e aborto.

Kay e Helen eram mulheres que amavam mulheres, ambas fisicamente antagónicas, a primeira masculina e a segunda feminina. Vivien era amante de um homem casado e passou por horrores do aborto. E, Duncan, irmão da Vivien, foi preso durante a 2ª Guerra Mundial. Estas quatro pessoas, todas diferentes e complexas, não se enquadravam naquele tempo…

Achei as descrições impressionantes. Deu-me sensação de estar na 2ª Guerra Mundial, com estas personagens, a ouvir os apitos ou o grito dos Vigilantes, a ver as casas arderem ou a serem esventradas, a respirar o caos preto, as mortes… E, acima de tudo, senti o medo/pânico destas personagens, pois podiam ser atingidas em qualquer momento pelas bombas aéreas dos alemães! Quanto aos sentimentos, achei-os tão ricos e verdadeiros! Uma carga psicológica surpreendentemente real e bastante atingivel.

A história tem um desenrolar de acontecimentos bastante original: começa no pós Guerra e depois se vai recuando até à 2ªGuerra Mundial. Tem três partes: a primeira - ano de 1947, a segunda - 1944 e a terceira - 1941. No entanto, há sempre surpresas/reviravoltas ao longo do livro, mantendo-se o suspense que nos faz agarrar e também a afeiçoarmos às personagens.

Este livro foi inspirado através de vários livros não-ficção. Sarah Waters é uma autora a ter atenção!

Classificação: 6/5 (ultrapassou a escala normal de 1 a 5, é o meu livro de eleição!)


Sobre a Escritora:

Sarah Waters nasceu no País de Gales em 1966 e é doutorada em Literatura Inglesa. Em 1998 recebeu o prémio New London Writers. Em 2000 recebeu o prémio do Sunday Times para jovens escritores e o prémio Somerset Maugham, ambos por Afinidade. O romance Falsas Aparências foi ainda finalista do Booker Prize. Foi considerada pela prestigiada revista Granta uma das 20 jovens escritoras britânicas mais promissoras.



Publicados em Portugal pela Editora Bizâncio:
Afinidade
Falsas Aparências
O Vigilante
Toque de Veludo