Livro do Mês (Sugestão)
Para o mês de Outubro, sugiro este livro:
Frankenstein
Autor(es): Mary Shelley
Tradutor(es): Fernanda Pinto Rodrigues
Tipo de livro: Romance
Editora: Publicações Europa-América
Colecção Livros de Bolso Europa-América
Data da edição: 1995
Data da edição original (Editora da 1ª edição): 1818
Nº de páginas: 152
Género: ficção científica/Horror
Li este livro em Fevereiro de 1995 mas ainda me recordo bem da história e do modo como me marcou profundamente!
Se pensam que é um livro de terror, então estão redondamente enganados! Na verdade, o monstro que aparece na maior parte dos filmes é visto como o mau ou um assassínio cruel que assusta toda a gente. Pois, nada disto se passa no livro!
A história é extremamente sentimental. Entramos para o interior do monstro e assim "vemos" os seus sentimentos mais profundos: o horror e o medo que a criatura sentiu em relação ao seu próprio corpo; a confusão perante a vida, o espaço, tudo estranho e desconhecido; o choque com a rejeição e os gritos das pessoas sem saber porquê... Depois acompanhamos a sua descoberta da comunicação e a auto-aprendizagem às escondidas, a descoberta do amor e o desejo de ser amado; o surgimento da terrivel dor de solidão e de abandono... Este monstro foi amigo de uma familia pobre, fazia-lhe surpresas, trazia comida à porta, e o que aconteceu depois, não conto. O monstro tinha um lado bom, uma alma sensivel e humana aprisionada num corpo horrendo. Então, porque é que se tornou mau? Basta imaginar, se fossemos nós como este monstro, como iríamos sentir ou reagir?
De facto, apresenta uma forte carga emocional. Fez-me chorar e sentir pena do monstro, revoltar e ter ódio ao criador por o ter feito e depois o ter abandonado!
É um dos meus livros predilectos e preferidos! Recomendo altamente!
Cinematográfica:
Em 1994 foi lançada uma adaptação cinematográfica dirigida por Kenneth Branagh de nome Mary Shelley's Frankenstein (com o próprio Branagh no papel de Victor Frankenstein), Robert De Niro como a criatura e Helena Bonham Carter como Elizabeth. Apesar do título sugerir uma adaptação fiel, o filme toma uma série de liberdades com a história original.