segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um Leão Chamado Christian




A Minha Opinião:

Li. Sorri. Deliciei. AMEI! Uma história verídica extraordinária, esplêndida, tocante, ternurenta, comovente!

Ace e John, dois amigos australianos, encontravam-se em Londres a trabalhar numa loja chamada Sophistocat e viviam num apartamento por cima desta loja. Foi nesta cidade que compraram um leão. Passava-se no ano de 1969. Nessa altura, era permitido comprar animais exóticos. Deram-lhe o nome de Christian.

(Ace à esquerda e John com Christian em Londres)


E o que aconteceu depois? Como conseguiram arranjar espaço para Christian? Como o criaram? Foi perigoso? Alguma vez o leãozinho os atacou? Como foi desenvolvida a ligação entre os dois com o leãozinho? Como foi que todos se interagiram?

(John a brincar com Christian)


E o que fizeram estes donos ao Christian quando este cresceu/ficou cada vez maior? Que decisões tomaram?
Já toda a gente sabe, graças ao Youtube, decidiram devolver a liberdade ao Christian.

(John à esquerda e Ace com Christian em África - Quénia/Kora)


Como foi a reacção do leãozinho ao chegar à África? Como decorreu a reabilitação deste? E os donos como reagiram, se estes já estavam tão ligados ao Christian e vice-versa?

Foi o George Adamson que o reabilitou, a mesma pessoa que tinha reabilitado a leoa Elsa (ver o filme “Uma Leoa chamada Elsa” – aqui).



(duas fotos acima: George com Christian)


Recomendo altamente a leitura, conheçam este maravilhoso e dócil Christian, este leaozinho que abraçava e pedia colo aos donos!





Actualmente:

Ace e John continuam vivos, já ambos velhotes.

(Ace à esquerda e John)


Anthony Bourke nasceu em Sydney em 1946. Tornou-se um dos principais curadores de arte da Austrália, sendo pioneiro em arte aborígine e especialista em arte colonial, e realizou várias exposições aclamadas pela crítica. Ace espera se dedicar novamente a projetos de preservação da vida selvagem e ajudar a resolver questões urgentes relativas ao meio ambiente. Atualmente, vive em Sydney com seus dois gatos.

John Rendall é australiano e divide seu tempo entre Londres e Sydney. John continua seu compromisso com a George Adamson Wildlife Preservation Trust e é membro da Royal Geographical Society, em Londres. Trabalha como relações públicas em turismo, concentrando-se em projetos de preservação, hospedagens e reservas ambientais na África. Os três filhos de John compartilham sua paixão pela vida selvagem e preservação da natureza.


Outras Opiniões:

Aqui #1 (da Carla Martins do blog "Leitura (mais que) Obrigatória")
Aqui #2 (da Canochinha do blog "Estante de Livros")
Aqui #3 (da JM do blog Favourite Readings)

sábado, 24 de outubro de 2009

Casamento em Veneza



A minha Opinião:

Terminei-o ontem… Que dizer acerca deste livro?

Tudo começa em torno de um colar, pertencente a uma Imperatriz viúva da China – a Dama do Dragão Cixi que governou a China. Quando esta morreu, o colar foi enterrado juntamente com ela, e em seguida foi roubado por tropas revolucionárias que invadiram a sua sepultura… até que foi parar às mãos da Lily Song, uma mulher asiática, que vive em Xangai. Como é que lhe foi parar? O que vai fazer a Lily com este colar? O que lhe vai acontecer? Haverá traições, perseguições, e até mortes... No meio disto tudo, vai haver romance, mas sobretudo para a Precious – a prima da Lily que vive em França…

A sensação que tive no decorrer da leitura é o mesmo que ver um filme de aventura, tipo Walt Disney, e comer pipocas em simultâneo. Trata-se de uma história fraquinha, nada extraordinária, facílima de prever e também exagerada. Soube desde o princípio quem era o vilão ou assassino.

O que valeu foi a escrita, fluída e agradável… Dava por mim a ler sessenta páginas numa hora, verdadeiramente entretida. E também, o humor ajudou a animar a história, graças às Tias da Precious - a Grizelda e a Mimi. São umas tias especiais!

Apesar da leveza da história, da grande previsibilidade, de algumas partes exageradas e do absurdo final cor-de-rosa, gostei de presenciar estas intrigas e aventura e também “viajar” para Xangai, França e Veneza.

Classificação: 3/5 (Dispensável, mas um bom entretenimento de leitura que prende do ínicio ao fim)

Outras opiniões:
Aqui #1 (do blog BiblioMigalhas)
Aqui #2 (do blog Vidas Desfolhadas)


[O meu obrigado colorido para ti, Migalhas!]

domingo, 18 de outubro de 2009

Abismo


Para ler a sinopse, clique aqui

A minha opinião:

Este livro prendeu-me deste o princípio até ao fim, um thriller muito bem estruturado, original e inteligente, mas não correspondeu às minhas elevadas expectativas.

Sob a superfície do mar, debaixo da plataforma petrolífera, a três mil metros de profundidade, foi construído no leito oceânico, um Centro de Exploração e Recuperação com 12 pisos protegido por uma cúpula, onde estão os cientistas e técnicos a trabalhar, e também os militares do Governo a fazer vigilância e controlo. Alguns destes ocupantes começam a manifestar sintomas estranhos - simples fadiga a episódios psicóticos violentos. Então, tiveram que arranjar um médico especializado para detectar a causa destes sintomas. É com este médico que vamos seguir a história. Tudo o que se passa neste Centro é altamente confidencial… Dizem que encontraram vestígios da antiga Atlântida... Será verdade? Ou mentira? Afinal, o que andam a fazer? Porque tanto secretismo?

Foi um prazer ler este livro. É o tipo de história que me interessa, de facto! Adoro ficcão cientifica! Contudo, devo confessar que foi uma leitura em que exigiu muito da minha concentração… Não se trata de uma história fácil! Esta gira em torno da medicina, matemática, física e geologia, ou seja, centra-se fortemente na investigação científica, na forma como os cientistas trabalham, investigam e descobrem, até os dialógos são cientificos… É verdade que são temas difíceis, mas o autor tem uma grande habilidade de explicar/descrever estas ciências, de clarificar estas investigações numa linguagem bastante acessível para todos. Apesar de ter gostado deste desenrolar da história, do ambiente de investigação, das explicações cientificas e do desenlace final, achei que faltava muitas coisas que poderiam ter tornado a história ainda mais emocionante e inesquecível…

Eis os quatro pontos negativos: os tais sintomas não são muito assustadores (esperava que fossem piores, tipo sanguinários e medonhos!); a história tem pouca acção (só a poucas páginas do final, é que apresenta uma acção QI); não senti nenhuma ligação próxima com as personagens (são superficiais como se as estivéssemos a ver no filme e/ou na série); e não senti nenhuma claustrofobia ou pontadas de terror porque estive demasiado ocupada com os cientistas a desvendar estas causas, a compreender os conceitos científicos, etc.

Se tivessem feito o filme baseado deste livro, eu teria dito: “Não leiam, mas vejam o filme!”. Daria um belo filme, mais claustrofobia e terror, um thriller de cinco estrelas!

Para finalizar, tenho uma nota a dar aos leitores que adoram Arqueologia: não vão encontrar nada sobre Atlântida.

Gostei!

Classificação: 3/5 (Interessante)


Sobre o autor:

Lincoln Child é analista de sistemas e ex-editor, responsável pela publicação de numerosas antologias de narrativas sobrenaturais.
Lincoln Child é co-autor, juntamente com Douglas Preston, de uma série de romances de enorme sucesso, que têm por protagonista o agente especial do FBI Pendergast. Entre esses romances, contam-se, para além de Enxofre, que assinala o início de uma espantosa trilogia, Relic, Mount Dragon, Reliquary, Riptide, Thunderhead, The Ice Limit, Still Life with Crows, The Cabinet of Curiosities e Dance of Death. Estes dois últimos serão brevemente publicados pela Ulisseia.


Até agora, considero o livro “Relíquia” – a minha opinião - aqui, o melhor deste autor em par com o Doulgas Preston, pois foi o que mais me meteu medo, uma história verdadeiramente aterrorizador e impressionante.

domingo, 4 de outubro de 2009

O Clube de Tricô de Sexta à Noite




A minha opinião

Gostei muito deste livro. Surpreendeu-me bastante pela positiva!

No inicio, quando vi esta capa e o titulo, fiz um “esgar” de rejeição. O meu primeiro pensamento foi: “Uma história fútil sobre o tricô!” Mas algo me impulsionou para ler a sinopse e foi o que me fez exclamar depois: “Quero ler!”. Tratava-se, pois sim, de uma história sobre mulheres!

Na contracapa: "(...) Com o pretexto de fazer tricô, mulheres extremamente diferentes entre si fazem uma pausa nas suas vidas atribuladas e partilham segredos, angústias e expectativas. Mas quando o impensável acontece, estas mulheres vão descobrir que o que criaram não é apenas um clube de tricô mas uma verdadeira irmandade.”

E, assim foi, conheci estas mulheres. Todas magníficas em letras maiúsculas! Não eram fúteis ou ocas, mas todas interessantes e criativas. Encantei-me com este clube. Foi uma delícia de estar com elas, a acompanhar o trabalho de tricô que elas faziam (apesar de não saber o significado dos termos de tricô como liga de meia ou liga de ponto) e também acompanhar as outras que não o faziam mas que apareciam no clube para fazer outros trabalhos como fazer a tese sobre este tema, e a escutar os seus risos, dúvidas e desabafos…

As surpresas são muitas e devo dizer bem reais. Como por exemplo, a construção de amizades entre pessoas diferentes que, à primeira vista não se reajam bem umas com as outras, mas que à medida se vão conhecendo, acabam por serem as melhores amigas!

Esta história deu magia às agulhas de tricô e aos fios de lã. E agora, não se riem, inscrevi-me para as aulas de tricô! Eu que não sou daquelas mulheres que se maquilham e usam unhas pintadas ou malas enormes... É incrivel como um livro é capaz de nos fazer...! (Já experimentei com uma caneta a servir-se de agulha e um fio de cordel... Esta técnica parece-me muito gira! A ver vamos se resulta comigo! E depois, passarei a participar em encontros de tricô.)

Para finalizar, recomendo a leitura a todo o tipo de mulheres, desde as maria-rapazes às feministas e intelectuais! É uma história madura, realista, bem construída. E também nos permite pensar sobre a vida, o amor, as segundas oportunidades e perdão.

Excertos:

Vou deixar aqui sublinhado o diálogo entre uma personagem e o padre. Fez-me pensar...

pág. 334/335

«- (…) E parece-me tão injusto. Irreal. Só quero saber porque é que isto me aconteceu.
Esperou, expectante. O padre olhou para ela, pensativo acenando com a cabeça.
- Bem – disse ele – Não sei. Mas sei que não foi por ter feito nada de mal, se é nisso que está a pensar. Não é uma coisa que mereça.
- Não é, pois não?
- Não, não é. – o padre abanou a cabeça – Desde já lhe digo que não conheço todas as respostas de que anda certamente à procura. Não sou Deus. Mas posso dizer-lhe algumas coisas em que acredito.
- Por favor.
- Acredito que, por vezes, os problemas de saúdes acontecem simplesmente… não são testes cósmicos, não são nenhuma vingança por todas as coisas más que as pessoas fizeram ao longo da vida. – disse ele – Não são uma forma de impor moral ao universo. É simplesmente uma falha no sistema.
- Sim e…
- E eu acho que Deus chora quando sofremos, chora connosco e apoia-nos. Mas também acho que não interfere e nos deixa resolver as coisas sozinhos. Deixa os médicos fazer o que lhes compete. Deixa o nosso corpo curar-se por si.
- E se não curar?
- Nesse caso, recebe-nos de braços abertos. Deus não tem nada a ver com o corpo, sabe, tem a ver com a tua alma.
- Quer dizer que, se rezar com fervor, melhoro?
- Não, não, não é nada disso que estou a dizer. Rezar não é nenhuma forma de apólice divina. É simplesmente um meio de comunicar, de abrir o coração.
- Segundo, essa definição, uma conversa honesta com quer que seja é uma forma de oração.
O padre deu um toquezinho no nariz. – Acertou em cheio.»

Outras opiniões:

Aqui #1 (da marcia)
Aqui # 2 (da Bauny)
Aqui #3 (do Draco)

Sobre a escritora:

Kate Jacobs deixou o Canadá para ir estudar na Universidade de Nova Iorque, cidade onde viveu durante dez anos e trabalhou para diversas publicações. Actualmente, vive no Sul da Califórnia com o marido. O Clube de Tricô de Sexta à Noite é o seu primeiro romance e foi um bestseller internacional, tendo sido publicado em vinte países.






Informações:

Esta obra está, de momento, a ser adaptada para o cinema, com Julia Roberts no papel principal.
Já estou ansiosa para ir ver o filme, ainda por cima, com a minha actriz preferida!!! Quem será o actor que irá fazer o papel de James? Denzel Washington? Ou Will Smith? Penso que o Denzel iria ficar muito bem com a Julia, embora o Will seja o meu actor favorito! E a filhota da Georgia, a Dakota, qual é a menina que vai fazer esse papel?


Tricô: