segunda-feira, 30 de março de 2009

O Quarto ano no Colégio das Quatro Torres





A minha Opinião:

Mais um livro da Colecção Colégio das Quatro Torres, cuja leitura me divertiu e agradou.

Foi bom rever a Guida e o seu cavalo Trovão mas esta já apareceu poucas vezes, com muita pena minha. No entanto, apareceram novas personagens, a Clarisse e as gémeas. Gostei da primeira, ela é um patinho feio que no final se transforma num Cisne.

Gostei também das novas aventuras que se sucederam no Colégio, como a da festa secreta da meia-noite, que infelizmente correu mal… E, não faltaram partidas! Desta vez foi a partida das bolhas, achei engraçadíssima este episódio!

Mantém-se a mesma moralidade que a dos livros anteriores que ensina as jovens a ter umas atitudes correctas.

terça-feira, 24 de março de 2009

As Esquinas do Tempo

(para ler a sinopse. aqui)


Antes de deixar a minha opinião, aqui deixo os dois excertos que achei lindos, a maneira como estão escritos, como as palavras fluem sem haver muitos pontos finais, a simplicidade cheio de doçura, a poesia escondida na prosa:

“Mariana teve a noção exacta daquele momento mágico. Mesmo que quisesse não conseguia falar. Ele continuava a esculpi-la com as suas mãos de artista, machadas do seu ofício, tão doces, tão suaves, tão carregadas da imensa energia de ternura. Ela deixava-o fazer. Primeiro tinha os olhos abertos, depois fechou-os para o sentir melhor. Gemia de vez em quando, pequenos gemidos de entrega absoluta, mas era muito cedo, Inácio pensava demorar-se infinitamente naquele reconhecimento do seu território: o rosto, o pescoço, os ombros, os braços, o peito. O maravilhoso peito, sentido com a ponta dos dedos, os mamilos que se crispavam, ai, as dulcíssimas linhas do ventre. Que dizer daquele umbigo, tão fechadinho como uma rosa em botão. E logo a seguir a mancha escura do seu corpo, tapando a entrada das delícias pelas coxas unidas, era assim que ele queria, apalpou-lhe as pernas, fortes por montar a cavalo, os músculos desenvolvidos, e os pés, quentes, lindos, perfeitos, que não se conteve e beijou e começou a sua peregrinação de beijos em sentido contrário, agora as pernas, agora as coxas, o sexo, a barriga, o umbigo, a pele macia e fresca que se seguia até ao peito, ah, agora sim, a sua boca sentia a doçura daquele peito de virgem e logo o pescoço, as orelhas e, lentamente o rosto e a boca. Eram beijos serenos, naquele boca dos seus mais íntimos desejos, fê-la virar, e começo a descida pelas costas musculadas, abençoado cavalo, que assim esculpira a sua amada, o rabinho duro, pequeno, torneado, e de novo a virou e a sua boca estava no lugar certo, e agora não havia como não a beijar, ai, ai, dizia ela e, devagar, foi-se erguendo sobre aquele corpo de maravilha, só seu, e a sua Mariana que todos diziam arrapazada, recebeu-o na sua feminilidade total, gritou de alegria, procurou-lhe a boca, e abraçada a ele como uma náufraga, desfaleceu de prazer. "– pág 175

"É o vento que perpassa nas copas das laranjeiras, que vem do mar e traz as gaivotas. É o vento que faz oscilar as minhas cortinas, que se insinua como um segredo por entre os arbustos do jardim. É o vento que me conta histórias antigas, antigas como se fosse uma criança que não quisesse dormir. Não o ouves? Não. É o vento que sopra só para mim. É o vento manso, doce, da loucura, que me invade lentamente e me deixa à mercê dos seus dedos de nuvem, tão suaves e meigos. " – pag. 199


Foi o primeiro livro que li da Rosa Lobato de Faria. Dantes, estava com o pé atrás, desconfiada, incerta, mas lá peguei o livro para matar a dúvida e passar a ter certeza de uma vez por todas. Para ver se gosto ou não. Há que experimentar, aliás esta escritora é bastante falada e estimada entre as leitoras femininas (E os masculinos? Não sei.)

E surpreendeu-me! Deixei-me levar pela corrente da escrita e cheguei ao fim, podendo finalmente respirar-me.

É uma história diferente, com um toque de fantasia, em que uma mulher – a personagem principal – do sec. XXI recua ao passado, no inicio do sec XX, em 1908. Não é através da máquina do tempo ou algo assim. É outra coisa, "as esquinas do tempo". E aí podemos ver as diferenças daquele tempo e do agora. É fácil adivinhar, claro, toda a gente está informada, mas a história fala de famílias, de dramas, de amor. Contada com uma escrita muito própria da Rosa Lobato de Faria. Palavras flutuantes mas pesadas que as podemos sentir, palavras musicais que nos fazem embalar ou sorrir, palavras que até chegam a sangrar no papel como o caso da violência doméstica.

Mas, confesso, ao princípio achei um pouco confuso, em relação a duas Margaridas que se encontravam no mesmo ano temporal, mas em dois sítios diferentes: a Casa de Azenha e o Convento. Só comecei a perceber já a meio do livro…

Irei ler mais livros desta escritora, está garantido.

Classificação: 4/5

sexta-feira, 20 de março de 2009

Deixa Falar o Coração


(Para ler a sinopse - aqui)



A minha opinião:


Depois de ter lido um livro pesado, quase escuro como carvão - aqui, precisei de uma leitura mais leve, de uma história que me desse um pouco de calor e luz, que me fizesse sorrir e ter de novo a alegria de viver, e sobretudo que me fizesse voltar a acreditar na bondade e amizade das pessoas. E este livro veio mesmo a calhar!

Na verdade, o título não é nada apelativo, faz parecer com que se trata de uma história de amor ou algo assim para o lamechas. Devo dizer que este título é redondamente enganoso ou “desencaixado”. Ainda por cima, a capa tem cores tristes, frias, apáticas, parece estar a transmitir uma imagem de abandono… Aquele cartaz do café-restaurante realça ainda mais a negatividade, parece que ainda não abriu. O “abre brevemente” fora uma ideia de um grupo de amigos, uma piada apenas (pronto, não conto mais!).

Então, o que é que este livro fez com que me agarrasse a ele e começasse a lê-lo? Fora a frase, aquela que se encontra traçada a preto sobre as nuvens da capa do livro e as últimas palavras da sinopse.

«Um olhar cheio de Sol sobre o lado negro da vida. » - Kirkus Reviews

“(…) história comovente e optimista (…) não perca esta obra, humaníssima (…) ao ensinar a todos o que é a generosidade, a solidariedade e o amor”

Assim foi, entrei um pouco esperançada nesse pequeno mundo, o do café-restaurante, e surpreendeu-me!

Encontrei personagens maravilhosas: Caney, o dono do “Café” – paraplégico vitima da guerra no Vietname, Vena Takes Horse – uma mulher de personalidade forte com sangue índio que reserva um segredo há muito enterrado, Bui – o tão sensível e amoroso Vietnamita que está sozinho nos EUA, Molly O. - uma mãe espectacular de uma filha tão problemática, entre outros. São Vena e Bui que vão alterar o clima do café e cativar o coração de todos.

Enquanto durou a leitura, foi delicioso estar ao lado das personagens. Proporcionou-me momentos de gargalhadas, sorrisos, lágrimas, emoções… Adorei!

A escrita não é nada de especial, está muito longe de ser uma obra-prima. Mas lê-se bem, é apenas uma porta para entrada a este mundo ficcional.

Classificação: 3/5

(Obrigado a uma pessoa do bookcrossing por me ter dado a sugestão de ler este livro que eu desconhecia por completo e por ter tido uma amabilidade extrema de mo emprestar)

sábado, 14 de março de 2009

O Terceiro Ano no Colégio das Quatro Torres




A minha opinião:

Diverti-me imenso a ler o terceiro livro da Colecção Colégio das Quatro Torres e é este definitivamente o meu preferido, ou seja, foi o que mais gostei! Porque adoro cavalos e identifiquei-me com uma destas novas alunas – a Guida - e também com a professora “Miss Peters”. Elas tinham uma grande paixão por cavalos.

Achei fantástica a forma como a Guida chegou ao colégio. Veio a galopar no seu cavalo negro – Trovão - vindo acompanhada de seus sete irmãos também a cavalo. A Guida espantou todas! Uma maria-rapaz sardenta e de cabelo curto. Este colégio tinha uma cavalariça e, portanto, o Trovão ficara instalado no colégio e ela podia vê-lo todos os dias, uma maravilha! Mas, claro está, as coisas não iriam correr bem… ela será castigada e proibida de ver o Trovão… e depois o trovão… as desobediências… Não vou contar, a fim de não quebrar a magia do suspense mas foi o que mais me emocionou, fazendo com que os meus olhos ficassem húmidos.

Ainda mais, tive boas gargalhadas em relação às alunas Zilda e Mavis. Os episódios sucedidos com elas, achei mesmo hilariantes!

Como não podia deixar de ser, inclui as lições morais: fala-se de sonhos desfeitos mas que “não é fim do mundo”, há que procurar a superar e a encontrar outra forma de aceitar, de viver. E também relata as consequências da vaidade cega.

Gostei das surpresas atrás de surpresas até ao final do livro!

quinta-feira, 12 de março de 2009

A Caixa em forma de Coração



(Para ler a sinopse, clique aqui)


“Uma obra de terror da maior qualidade.” – Time

“Uma história de terror desenfreada, hipnotizante e perversamente espirituosa.” - The New York Times

“Uma história de horror forte. Tem momentos genuinamente emocionantes.” - Library Journal

“Uma estreia memorável.” - Publishers Weekly

“O horror está sempre presente e é oportuno.” - KirkusHill escreveu uma história de fantasmas implacavelmente assustadora.” - Bookseller“A Caixa em Forma de Coração é uma história de horror com um estilo único.”- Locus

“Joe Hill criou uma obra que está ao nível de muitos clássicos do horror.” - Horror World Book Reviews

“A obra de Hill é tão assustadora como um telefonema de um amigo que morreu.” - Entertainment Weekly

“A Caixa em Forma de Coração é uma leitura assustadora.” - Chicago Sun Times




A minha Opinião:

Tive que pegar este livro emprestado porque já se encontrava retido a apanhar pó na minha estante desde há dois meses. A dona do livro tinha imposto nas regras, o prazo para o ter em posse um mês… portanto, já estava ultrapassado.

Aprecio este género de histórias mas, para dizer a verdade, não estava com uma disposição para entrar no mundo infestado de fantasmas. Deste modo, não foi uma altura propícia para o ler. Mas já está lido, e ainda bem. Porque gostei!

Estive quase para o desistir, até que a meio do livro, a história começou a agarrar-me de tal maneira que fiquei “viciada” nela! O suspense crescente e hipnótico, a música das palavras, as emoções que pareciam saltar do livro para fora, os murmúrios e as explosões fantasmagóricos que surgiam repentina e inesperadamente a meio de nada… Tudo isto surpreendeu-me, de facto!

A história começa, quando o assistente pessoal do vocalista recebe uma novidade, vinda de um leilão online, na qual dizia que estava posto à venda um fantasma, isto é, o fato de um homem que morreu mas que está assombrado pelo fantasma deste. O vocalista fazia colecção deste tipo de coisas. Portanto, ficou interessado e comprou-o. O tal fato chegou às mãos do vocalista, vinha dobrado dentro de uma caixa em forma de coração preta, daí o título do livro. Depois, irão suceder episódios assustadores… Portanto, não é aconselhável ler à noite, principalmente para quem não costuma ver filmes de terror, como é o meu caso.

Gostei das duas personagens principais, não imediatamente mas sim à medida em que os fui conhecendo melhor no decorrer da leitura – o vocalista de Rock de cabelos compridos, com uma barba até ao peito, vestido de roupas pretas, e a sua namorada gótica de unhas pintadas a preto, também vestida a preto, com tatuagens e tudo. As aparências iludem-se, eles não são o que aparentam ser.

Este autor Joe Hill tem talento e imaginação férteis, tal como o seu pai - o tão aclamado autor Stephen King. É como se costuma dizer: “O filho do peixe sabe nadar”.

Para finalizar, este livro é só para quem gosta deste género, mas acho que irá desapontar os verdadeiros fanáticos de terror, se já estão bastante acostumados a cenas de violência e a fantasmas maus. Devo dizer que a melhor altura para o ler é, sem dúvida, no dia das bruxas!

Classificação: 3/5

domingo, 1 de março de 2009

Amar depois de Amar-te


(Para ver a sinopse, clique sobre a imagem)



A minha opinião:

Já o terminei, finalmente, só hoje! Levei quase uma semana a lê-lo mas não foi por desinteresse, muito pelo contrário, foi por motivos de trabalho e falta de tempo.

Bem, o que dizer deste livro? Eu já esperava deste tipo de escrita, o facto de ser bastante light, mas optei por o ler porque precisei. Para me desanuviar e também para voltar a acreditar nas segundas oportunidades...

O livro está dividido em três partes, em três casos amorosos de três mulheres: Filipa, Carolina e Teresa. Três mulheres com vidas totalmente diferentes. Todas com relações falhadas mas que voltam a reconstruírem-se. São histórias que, à primeira vista, parecem tão óbvias mas que na realidade não é assim tão fácil…

Gostei de o ler porque são casos comuns que podem ser o de uma amiga, de uma colega ou de uma vizinha.

Poderá o amor ser cruel e destruir a auto-estima de uma pessoa (violência verbal)? Poderá uma mulher, cujo marido parecia ser a sua vida, voltar a reconstruir-se depois de este ter-se descoberto de que não era feliz a seu lado e que não a amava e poderá este marido conseguir dizer a verdade à mulher e seguir o seu coração? E se os sonhos de realização pessoal de um casal forem inconciliáveis, que solução a tomar?

Das três histórias que mais me rendeu, foi a da Carolina. Achei esta história mais bem desenvolvida e contada, contendo diálogos carregados de verdade.

No entanto, gostei menos deste livro que o outro que li da Fátima Lopes – aqui. Achei este livro mais levezinho, devo dizer até demais, que o anterior.

Felizmente que o pedi emprestado (através do bookcrossing) em vez de o comprar.

Classificação: 3/5


Outras opiniões (positivas e negativas):